10 setembro, 2012

Me procuro lenta
Nos teus escuros.
Como te chamas, breu?
Tempo.

(Hilda Hilst: Da Morte, Odes Mínimas) 

"No homem havia umidade quando estava seco, havia calor quando estava frio, no homem havia tudo o que precisava e um dia tivera e o que se fora para sempre e o que não voltaria nunca mais a ser. 
(...)
Mas com o dia avançando, as sombras ampliavam a presença do homem pela casa inteira. Essa sombra se infiltrando devagar em cada quarto jogava no rosto de cada um tudo aquilo que não haviam sido, que não haviam feito, tudo aquilo que tinham apenas ameaçado ser."

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