30 dezembro, 2011

2:51 am

Acho que escrevo pra espantar os fantasmas. Nesse momento, pra espantar um fantasma. É estranho como voce ta bem, e de repente uma cena, um flash, te desestabiliza, te tira do eixo de ti. Você sente raiva, ódio... vontade de voar pra cima, não que o seu foco seja atingir alguem, mas evitar que alguem te atinja. "o ataque é a melhor defesa", entende?
Eu sou uma pessoa estranha quando se sente insegura. Muito estranha...
Se eu tenho algo que amo e vejo que posso perder esse algo pra alguem, no lugar de planejar uma forma de o prender a mim, ajo exatamento ao contrario, me afasto dele.
- Você deve ta pensando: "mas nao era exatamente disso que voce tinha medo? de ficar sem?"
- Pois é, uma grande merda de mim. Eu prefiro perder pra mim do que pra outra pessoa. Seria atestar que, perante aquele outro, eu sou ipotente, incapaz. E se tem algo ruim, esse algo é a incapacidade ...
- Agora voce deve ta pensando: "mas e se esse outro alguem nao conseguir tirar o que voce acha ser seu? ou se não chegar nem a tentar?"
- Ai eu sinto em responder: "terei perdido algo que eu amo pra mim, desnecessariamente e, provavelmente, definitivamente" 
(....)

                                          - Aliás, coisas definitivas tambem me assustam.
“No fundo eu sou otimista, mas sempre imagino o pior”
uma surra, um encaxotamento e um envio pro inferno.
essa porra de blog serve pra isso, nao é? pra escrever o que vinher na mente.

entao é isso. a unica coisa que me vem a mente é: preciso de tratamento
urgente e eficaz.

infinito.

Aí a moça sorria e ficava um pouquinho alegre. De noite, antes de dormir, ela olhava de novo o retrato, dava um beijo nele e ficava outro pouquinho alegre.
    - Pera aí - interrompia Maurício. - Mas essa moça era meio doida, não era?
    - Doida por que, guri?
    - Ih, Luciana, esse negócio de beijar retrato é só doido que faz.
    Ela explicava, sorrindo - um sorriso diferente dos que costumava sorrir:
    - Não, gurizinho. Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.

28 dezembro, 2011

Que coencidencia é o amor.
okokokokokok
vamos tirar o mofo disso aqui. u.u
Pra reabrir dignamente, reabrirei com o tema: saudade.

Enfim,

é engraçado como a vida insisti em me mostrar que eu nao mando na minha vida. No começo do semestre eu estava decidida a ser solteira e convicta que meu dia favorito era o dia 03. Pois bem, poucos meses depois eu me apaixonei. sim, confesso e com orgulho: me apaixonei.
afinal, como nao se apaixonar? Negra, linda, forte, corajosa, estudiosa, gentil, honesta, carinhosa e ainda por cima, militante. "(pausa pra observaçao: eu nao consigo achar defeitos nela, mas qualidades...)"
Me diga, leitores, como nao se apaixonar?
Prosseguindo...
Eu poderia fazer um melodrama de uma menina lesbica que se apaixona por uma mulher hetero e começam os desafios do amor e blablabla, mas não, não. Nesse conto nao há melodramas. Eu nao me apaixonei, nós nos apaixonamos. E sim, isso tornou tudo mais fácil.
No dia 20, eu finalmente honrei a classe e a beijei. Foi um beijo desingonçado, mas lindo, muito lindo. Delicado, sincero e com muito sentimento. Entao, foda-se a desingocidade da coisa.
E foda-se tambem o dia 03, meu dia favorito passou a ser o dia 20. Foi a partir dele que eu passei a ser dela. E a partir dele eu passei a ter certeza que ela está comigo, e ela nao tem noçao da força que isso me dá.
É a primeira vez que estamos passando tantos dias sem se ver. E eu sinceramente, nao vejo isso como um teste e nem como algo ruim. Nao que eu nao sinta saudade, porque eu sinto e pra caralho, mas por ver que nem a distancia diminui o que a gente sente, pelo contrario, creio que quando as aulas recomeçarem, estaremos mais fortes do que nunca.  Entao, por mais que esteja doendo nao a ter fisicamente ao meu lado durante esses dias, eu to muito, muito feliz por vê que o nosso relacionamento nao é uma aventura e sim algo concreto e resistente.
Não peço pra te ver logo, o que peço é que venham mais varios dias 20 a tendo como minha namoranda. Porque isso faz qualquer esforço valer muito, muito, muito a pena.