25 agosto, 2012

A solidão brinca com o tempo.
As horas passam se arrastando lentamente, tanto no relógio quanto na alma.
E as piscadas de olho, inevitáveis aos seres humanos, vão se tornando armadilhas das quais somente a eterna vigilância pode evitar.
Nelas, é como se o subconsciente forjasse as cenas que o consciente já não se permite mais.
Uma piscada e, como magica, as coisas desejas nos cantos desejados. 
Descuido.
Uma outra piscada e pronto, cores mortas, carnes frias. A realidade nunca pele licença, ela invade porta à dentro..
É preciso está atento, meu bem. Sempre atento.
Mas você me pergunta como. Como enxergar ao mesmo tempo, com duas visões altamente distintas.
E eu te respondo com outra pergunta: O que é mais forte? O natural ou construído? 
Nunca soube.
E de que adianta saber? de que te adianta ser ou ter? No final das piscadas, dos sonhos e das histórias doces, cabe a mim mesma decidir que parte amputar.
Autonomia geralmente não há. Nem pra mim, nem pra ti e nem pro tempo.

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