03 abril, 2011

Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés delas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.) E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você — seria, seriam?
Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você (...)  O 
telefone toca e corta meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. (...)

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